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Por Eduardo Ferreira Jornalista
Nos últimos três anos e três meses de administração da prefeita Cinthia Sonale na cidade de Grossos, um fato chama a atenção: os gastos exorbitantes com combustíveis. Segundo dados do Portal da Transparência, foram desembolsados cerca de R$ 8.973.633,25 em licitações de combustíveis, um valor alarmante para uma cidade de porte pequeno, com menos de 11 mil habitantes.
Os números impressionam quando analisados ano a ano:
Em 2021, foram gastos R$ 2.076.328,54.
Em 2022, o montante subiu para R$ 3.428.254,93.
No ano de 2023, os gastos mantiveram-se elevados, atingindo R$ 2.924.855,72.
Até março de 2024, já foram utilizados R$ 544.194,06, segundo dados do Posto LN LTDA.
Dentro desses valores, destacam-se as despesas com combustíveis em dois postos específicos:
Posto LN LTDA:
2021: R$ 53.467,25
2022: R$ 356.162,41
2023: R$ 385.635,93
2024 (até março): R$ 69.530,16
Total: R$ 864.795,75
Posto Nizomar LTDA:
2021: R$ 2.075.338,54
2022: R$ 3.072.092,52
2023: R$ 2.539.220,79
2024 (até março): R$ 474.763,90
Total: R$ 8.159.395,75
Tal volume de gastos em combustíveis levanta sérias questões sobre a gestão municipal e a transparência de suas atividades. Surpreendentemente, mesmo com um número considerável de vereadores (nove, para ser exato), a fiscalização parece ser falha, deixando margem para especulações sobre a conduta dos representantes municipais.
Esses números elevados de despesas com combustíveis em uma cidade de dimensões modestas como Grossos certamente demandam uma investigação mais aprofundada. É fundamental que o Ministério Público do Rio Grande do Norte atue para esclarecer essas questões e garantir a prestação de contas adequada por parte da administração municipal.
A população de Grossos merece uma explicação detalhada sobre o destino de tantos recursos em combustíveis, especialmente em um contexto onde cada centavo deveria ser aplicado de forma transparente e em benefício da comunidade.