Adolescentes são resgatadas pela polícia após fugirem de casa e virarem mulas de tráfico

GTV BRASIL
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 As três meninas tinham entre 13 e 14 anos; elas estavam em poder de membros de uma facção criminosa. Malas deixadas na porta de delegacia seriam os pertences das garotas.


Mala e mochila foram xxx pelo esquadrão antibombas — Foto: Yonny Furukawa / TV Anhanguera
Três adolescentes que estavam desaparecidas há mais de 10 dias foram resgatadas pela Polícia Civil em Palmas. As meninas, duas de 13 e uma de 14 anos, estavam em poder de membros de uma facção criminosa e foram encontradas em Taquaralto, na região sul da capital. Segundo a Polícia Civil, as malas deixadas na porta de uma delegacia na tarde deste sábado (24) estavam com pertences pessoais das adolescentes.
As meninas moram em Aparecida do Rio negro, a 70 quilômetros de Palmas. Elas fugiram de casa no dia 12 de novembro. Uma delas, inclusive, deixou uma carta para a mãe explicando porque estava indo embora. O caso começou a ser investigado pela Delegacia de Aparecida e depois foi informado a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).
Os investigadores apuraram que as meninas estavam em Palmas, sendo mantidas em um local com alto índice de criminalidade e intensa atuação da facção criminosa. Segundo o delegado Leandro Risi, da Deic, uma das meninas contou para a mãe que os criminosos não queriam deixar elas irem embora.
"Elas fugiram de casa, mas estavam em contato com parentes. Só que não queriam dizer onde estavam e diziam que não iriam voltar para casa. A princípio elas estavam sendo usadas como mulas de tráfico, mas solicitamos exames para saber se também estavam sendo abusadas", explicou o delegado.
Durante as investigações, os policiais foram até o local onde as adolescentes estavam sendo mantidas. Só que os criminosos escaparam levando as meninas. Depois, soltaram as vítimas na região de Taquaralto, onde elas foram encontradas pelos policiais.
Ainda de acordo com a polícia, indivíduos ligados à facção deixaram os pertences das adolescentes na porta da 4ª Delegacia de Polícia, no Jardim Aureny I. Os agentes suspeitaram que as malas poderiam conter explosivos e por isso os objetos foram destruídos pelo Esquadrão Antibombas da Polícia Militar.
Os dois jovens que deixaram a mala na delegacia foram identificados e prestaram depoimento, mas foram liberados. "Estavam apenas com a mochila e no momento o delegado não tinha elementos para ligar com o caso das meninas, mas agora tudo será investigado", explicou o delegado.
Câmera registrou momento em que mala e mochila foram deixadas no local — Foto: Reprodução
As meninas passaram por exames de corpo delito e conjunção carnal e foram devolvidas aos pais, que compareceram a Central de Flagrantes. As investigações vão continuar para que os criminosos que estavam mantendo as meninas em cativeiro possam ser identificados.
Ainda conforme a polícia, eles podem responder por associação criminosa, cárcere privado, exploração sexual, facilitação para corrupção de menores e associação para o tráfico. Juntos, os crimes podem chegar a 30 anos de prisão.

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